top of page

Felicidade e Trabalho: um caminho para um ambiente organizacional positivo

Autora Tiziana Ludwig - Mentora Especialista em Psicologia Positiva I Psicóloga I Palestrante | Ajuda lideranças a se desenvolverem através das suas forças e potencialidades | +25 anos impulsionando profissionais e negócios! | Fundadora Instituto Ludwig & Poloni.


A felicidade, um dos primeiros objetos de estudo da Psicologia Positiva, essa nova ciência que direciona o olhar para as forças e virtudes, é assunto citado desde a época dos grandes filósofos. Aristóteles através do termo “eudaimonia”, fazendo referência ao uma vida virtuosa, definiu um conceito que nos faz refletir até hoje. A busca pela felicidade é uma das aspirações mais universais do ser humano. Todos nós, de alguma forma, desejamos sentir alegria, bem-estar e realização em nossa vida cotidiana.

Felicidade nada tem a ver com modismo ou positividade tóxica. Abrir mão de querer ser feliz o tempo todo faz parte de uma vivência saudável, que respeita o vasto repertório de emoções humanas. Um trabalho feliz permite colocar propósito em prática e isso ocorre de forma mais fluida quando esse propósito está vinculado ao da empresa na qual estamos inseridos. Para algumas pessoas, o trabalho é uma fonte de estresse, cansaço e, em alguns casos, frustração. Por outro lado, diversas pessoas encontram no ambiente profissional um espaço de realização pessoal, aprendizado e até mesmo felicidade.

Um dos elementos mais importantes para se alcançar a felicidade nas organizações é encontrar significado e sentido para as suas atribuições. Quando uma pessoa sente que seu trabalho faz a diferença, ela se sente mais realizada e, portanto, mais feliz.

“Felicidade é a experiência de contentamento e bem-estar combinada à sensação de que a vida possui sentido e vale a pena.” (Sonja Lyubomirsky)

Empresas que conseguem transmitir aos colaboradores que seu trabalho importa, e que estão contribuindo para o bem-estar coletivo, têm mais chances de engajar talentos e de promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo.

Precisamos aprender a ser felizes na nossa vida cotidiana, sem idealizações em busca da perfeição. Possibilitar que as emoções estejam a serviço dos nossos objetivos nos aproxima de uma vida no trabalho mais leve e feliz. Não se trata de “julgar” as emoções simplesmente entre positivas e negativas, como se devêssemos eliminar as que aprendemos que não são “bonitas” de sentir.

É necessário compreendermos que até mesmo emoções de valência negativa podem ter um desfecho positivo. E vice-versa. Por exemplo, se você sentir medo de perder um prazo, importando-se com a forma de entregar um projeto, pode, a partir disso, dedicar um tempo maior ao planejamento e à execução, fazendo assim com que seu resultado seja positivo. Da mesma forma, emoções geradas por excesso de auto confiança podem resultar em um efeito contrário.

Cada vez mais buscamos desenvolver espaços corporativos psicologicamente seguros, que considerem o indivíduo como um ser inteiro, que carrega consigo sua história de vida, repleta de vieses e emoções que impactam na forma como realiza seu trabalho. Um clima organizacional favorável à manutenção da saúde dos colaboradores permite que se vivenciem um pouco mais de emoções positivas do que negativas, possibilitando existir uma relação entre os termos felicidade e trabalho.

Algumas ações podem beneficiar um ambiente onde a saúde emocional e o bem estar sejam objetivos constantes na empresa. Reconhecer e valorizar o trabalho bem feito, oferecer programas de saúde mental, desenvolver uma cultura organizacional positiva, incentivar a comunicação aberta, a colaboração e o respeito mútuo, criar um ambiente no qual as pessoas se sentem inteiras e apoiadas, promover a educação contínua são formas de manter os colaboradores engajados e satisfeitos. Falar de inteligência emocional em programas de treinamento, entendendo que essa é uma habilidade importante para lidar com o estresse, resolver conflitos e manter relacionamentos saudáveis no ambiente de trabalho, ajuda a equipe perceber a importância dessa competência.

 Estudos demonstram que existe uma relação direta entre felicidade e produtividade no trabalho. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, revelou que funcionários felizes são até 12% mais produtivos do que os infelizes. Isso ocorre porque pessoas que se sentem bem no ambiente de trabalho têm mais disposição para enfrentar desafios, são mais criativas e apresentam uma maior capacidade de concentração. Além disso, a felicidade reduz os níveis de estresse, o que pode diminuir o risco de doenças ocupacionais, como a Síndrome de Burnout, e aumentar assim a longevidade na carreira.

Cabe aqui um convite para olharmos para dentro de nós mesmos e das nossas organizações, com a plena convicção de que o que fazemos afeta diretamente quem está ao nosso redor. Trata-se de ampliar o olhar. O que queremos mesmo escrever nas nossas “páginas” da vida? Que seja uma história que permita a busca por uma vida prazerosa, engajada e significativa, especialmente no lugar em que passamos a maior parte da nossa existência: no trabalho. Que seja voltada para um caminho de autenticidade e que se hoje não estiver tudo bem, está tudo bem! Permita-se sentir! Amanhã será um novo dia!


Comentarios


Recent Posts
bottom of page